Meio Ambiente
Tamanduá ferido é resgatado de uma residência em Porto Velho pela Polícia Ambiental
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Uma família da capital encontrou na última sexta-feira (14), o animal silvestre ferido na garagem da residência. O tamanduá fêmea estava embaixo do automóvel. O animal foi atropelado na BR-319 (Av. Governador Jorge Teixeira) e se refugiu na casa de Zaíra. Havia sinais de luta entre ela e o cachorro da família Thor. O cão sofreu vários arranhões na cara e boca, sendo socorrido pela enfermeira, Zaíra Camelo Correa, dona do animal.
O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) foi acionada para fazer o resgate do tamanduá. Na clínica, mamífero passou pelo exame de raio-X, que detectou fratura na perna esquerda.
O médico veterinário do Batalhão de Polícia Ambiental, Marcelo Andreani explica que nesta época do ano onde as queimadas são constantes pela ausência de chuva, os animais procuram abrigos no desespero de fugir da morte e acabam vindo para na cidade, colocando-se em risco de serem atropelados ou capturados.
O Batalhão de Polícia Ambiental fez parceria com uma clínica veterinária particular, para atender casos como este. O ortopedista veterinário e cirurgião geral, Carlos Henrique Tibúrcio Maio não encontrou nenhuma mordida do cão no tamanduá, além da fratura na perna, o animal tinha apenas escoriações.
A cirurgia ortopédica foi realizada de imediato, onde foram colocados uma placa e pinos para corrigir a fratura. O tamanduá estava em estado de choque e desidratado. A fêmea tem aproximadamente um ano de idade. Os médicos estabilizaram o quadro clínico com soro eletrolíticos e monitoraram a frequência cardíaca pelo computador.
O tamanduá recebeu da equipe médica o apelido de linguaruda, que com o efeito do sedativo o animal relaxou e expôs 20 centímetros de língua. A cirurgia de emergência contou com o apoio da estagiária em veterinária, Taís Paiva Oliveira e do gerente da clínica veterinária, Gilberto Naimaier.
Após a cirurgia, o sargento Marcelo Andreani levou a linguaruda para o Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras), que fica nas instalações do Batalhão de Polícia Ambiental, em Candeias do Jamari, onde deve tomar antibióticos pelos próximos sete dias e ficar em observação durante 15 dias até ser liberada e solta ao habitat natural.
“Lembrando que esse trabalho realizado junto com o Batalhão de Polícia Ambiental para salvar os animais da nossa fauna silvestre é totalmente filantrópico, nós da clínica custeamos tudo. Fazemos porque amamos os animais e queremos preservar o ecossistema”, finalizou o cirurgião veterinário Carlos Henrique.
Secom – Governo de Rondônia